A UE e o seu papel na manutenção da paz mundial

Enquanto europeus, quantos de vocês já pararam para pensar na paz? Quantos de vós já pararam para pensar que a nossa realidade é inalcançável a muitas sociedades? E porquê, não somos todos humanos? Não devemos todos zelar pela paz mundial?

Atualmente vivemos num mundo globalizado onde os países desenvolvidos e as suas organizações têm um papel fundamental na preservação da paz entre as sociedades. Organizações como a União Europeia (UE) comprometem-se diariamente em manter um clima de segurança, paz e igualdade entre todas as nações.

Recuando um bocado na história, é importante frisar o contexto em que esta união surgiu. É de conhecimento comum que em 1945, a Europa se encontrava devastada após viver durante o período da Segunda Guerra Mundial. Económica e humanitariamente, os prejuízos foram significativos e como resposta foi apresentada a proposta da criação da União Europeia, organização então chamada Comunidade Europeia do Carvão e do Aço. Os tempos mudaram e verificou-se um progresso em todos os campos nunca antes visto, progresso este acompanhado pela atual UE e todas as organizações que a ela se assemelham. Vive-se, finalmente, um período próspero, onde se visa o aumento da esperança média de vida, progresso cientifico-cultural e a difusão de informação na sua forma mais autêntica. Aqui começa a globalização.

Inevitavelmente, a globalização leva-nos a abordar a crescente influência das grandes potências mundiais por todo o globo, e a maneira como estas viviam realidades pacíficas dentro das suas fronteiras.

Em 2022 surge o Inesperado, uma guerra na Europa que mobiliza o mundo. A desconstrução da paz até então conhecida é acentuada e repentina e vem acompanhada da perda de vidas, a violação de direitos humanos, a destruição de nações e famílias. A atuação das grandes potências é rápida, estas, na regência das suas organizações, ajudam como podem, aqueles que precisam, os meios de comunicação exploram o tema ao máximo e assim tentam promover a paz, mostrando os seus valores e lutando pelo bem-estar do povo.

2023, Israel e Palestina. Testemunhamos a desumanização de um povο, ο genocídio mediático e a fragilidade a que a paz está sujeita. Mais uma vez, as grandes potências ajudam como acreditam ser melhor, e assim se rebobina a história, fazendo, de novo, do mundo campo de batalha.

Agora, perguntamos: alguma vez o mundo foi campo de algo além de batalha?

Será que as guerras foram tão ausentes como muitos acreditam? Mudando um pouco o mapa, afastemo-nos então das grandes potências e das suas uniões.

Em 2007, Somália. 1994, Ruanda. 1999, Timor-Leste. 2020, Etiópia, Deixamos aqui uma minúscula amostra, daquilo que é o painel fora das nossas fronteiras, identificando as guerras que a nós nos parecem distantes e desconhecidas. Enquanto humanos, tomamos a paz como um pré-requisito para o bem-estar, individual e social. O direito à vida, dignidade e liberdade são frequentemente violados, é o nosso dever assegurar que estes se mantenham intactos. A ausência de conflitos e tensões contribui para a saúde mental e fisica das comunidades, levando a um maior e vantajoso desenvolvimento em todos os campos (económico, social, cultural, etc.).

Fora da bolha social, a paz está fortemente ligada a sustentabilidade ambiental. Em tempos de guerra, os ecossistemas acabam por ficar comprometidos, causando impactos duradouros no planeta enquanto um sistema, perpetuando assim a crise ambiental que hoje enfrentamos.

No mundo desenvolvido e digitalizado em que vivemos atualmente, é Intolerável dizer que informação integra não seja devidamente divulgada, deixando cair no esquecimento genocídios e a violação diária de direitos humanos, motivados por quaisquer motivos. Qualquer ato que comprometa a integridade do próximo tem de ser condenado e devidamente mediado, independentemente do seu autor. Os meios que nos são alcançáveis deverão ser utilizados para difundir a realidade imparcialmente, e alertar verdadeiramente para a importância que a paz tem nas nossas vidas.

Em suma, a paz é um alicerce para o progresso, a justiça e o bem-estar. Ela não é apenas a ausência de conflito, mas também a presença de condições que permitam que as pessoas vivam com dignidade. Ela é um direito de todos, e jamais deverá ser condicionada por que fator seja, independentemente das diferentes realidades, sejam elas, geográficas, culturais, económicas, etc.

Estamos aqui, porque acreditamos na mudança, acreditamos que a união faz a força e que a paz deve ser assegurada por aqueles que têm, realmente, o poder de o fazer. O futuro está nas nossas mãos, vamos escolher mudá-lo ou vamos continuar a fechar os olhos à realidade?

Eva Santos e Daniela Custódio

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