O “fast food”, que traduzido para o português fica “comida rápida”, é mundialmente famoso por ser barato e saboroso, mas onde e quando surgiu o fast food? Porque é que costumamos ver nas notícias cada vez mais doenças em relação a esse tipo de comida? E como é que essas doenças podem ser tão perigosas? Vem comigo para descobrires.

     Bem, podemos dizer que o fast food nasceu em 1916, nos Estados Unidos da América, pela empresa White Castle, empresa fundada por Walter Anderson, cozinheiro e dono da mesma. Eles, inicialmente, vendiam hambúrgueres com batatas fritas e Coca-Cola a um preço barato. Ao contrário do que se fazia na época, os hambúrgueres da White Castle eram cozinhados rapidamente numa grelha em brasa. A empresa teve tanto sucesso que outras começaram a copiar a sua ideia, o que aos olhos da indústria alimentar parecia genial, acabava por sair caro, uma vez que, para fritar as batatas e até mesmo cozinhar os hambúrgueres seria preciso barris de óleo, acabando por se mostrar perigoso. A parte cara acabava por vir dos barris de óleo, mas o lucro desse tipo de comida compensa a empresa, certo?

     Nos anos 30, os restaurantes de fast food desenvolveram o drive in, mas só em 1948 é que  se mostrou a verdadeira evolução com a abertura do tão famoso e adorado por muitos, Mc Donalds. O negócio dos irmãos Richard McDonald e Maurice McDonald nos Estados Unidos passou, ao longo dos anos, de uma barraquinha de hambúrgueres para uma empresa GIGANTESCA de fast food. Atualmente, a McDonalds serve, diariamente, 69 milhões de clientes por quase todo o mundo, tendo lojas em 100 países. Só chegou a Portugal em 1991 e possui 200 restaurantes, tanto em Portugal continental como nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira.

     Entretanto, por volta de 1955, surgiram outras empresas no ramo de fast food. Empresas como a Pizza Hut a vender pizzas, a Burger King a vender hambúrgueres, a Subway a vender sandes, a Kentucky Fried Chicken (KFC) a vender frango, entre outros…

     Agora passamos para a parte menos boa deste assunto: as doenças. Que tipos de doenças é que algo tão bom, tão saboroso e viciante, poderá trazer para a saúde humana? Se ficaste comigo até aqui, vou mostrar-te o que pouca gente sabe e quem sabe, geralmente fecha os olhos à gravidade desta situação.

     Está bem, são muitas empresas a fazer do mesmo, mas, que perigos é que um hambúrguer do McDonald ‘s ou uma pizza da Pizza Hut tem para a nossa saúde? Se faz tanto mal para a saúde, porque é que não acabam com isso? Portugal é um país desenvolvido, poderia tomar essa medida extrema e acabar com essa comida.

     Aproveito esta pergunta que eu mesma faço quando penso sobre este tema e afirmo que, enquanto as empresas de fast food ganharem bastante dinheiro com o produto que vendem às pessoas, a indústria alimentar não iria acabar com algo tão economicamente rentável e com um sucessor tão grande “só” porque traz doenças para a saúde, porque, no final do dia, tudo o que eles querem é o dinheiro.

     Toda a gente sabe que o consumo em excesso causa problemas graves para a saúde. É fácil ter cuidado com o que comemos e as quantidades que comemos, certo? Não sei bem já que o fast food é uma comida hipercalórica, isto é, contém muitas calorias em poucas unidades. Geralmente possuem calorias equivalentes à dose recomendada de calorias e gorduras numa refeição completa. As comidas hipercalóricas são muito viciantes porque tal como as drogas, enchem o cérebro com dopamina, o que aumenta a sensação de prazer a comer e dá cada vez mais vontade de comer mais, o que cria um ciclo vicioso em que as pessoas nem sempre conseguem escapar. Isto acaba, então, por fazer as pessoas ficarem dependentes dos hambúrgueres, das pizzas, dos cachorros quentes e etc que comem nos restaurantes de fast food, da mesma maneira que um fumador fica dependente do tabaco.

     Para além das substâncias necessárias para o vício nos fast food, o que pode levar as pessoas a comer elevadas quantidades do fast food, que como eu referi no parágrafo anterior são comidas hipercalóricas, é o facto de essas comidas também serem ricas em sal, gorduras e conservantes artificiais. Isto leva a um fácil abuso no consumo desse tipo de comidas, podendo levar a problemas como a obesidade, pelo consumo excessivo de calorias que acabam por ficar no organismo em forma de gordura, hipertensão arterial, que é a elevada pressão sanguínea nas paredes das artérias geralmente causadas pelo sal ou gordura acumulada nas paredes das artérias e veias, diabetes do tipo 2 e doenças cardiovasculares, associadas a problemas cardíacos ou dos vasos sanguíneos, que é o mesmo que mau funcionamento do coração e problemas nas artérias e outros vasos. A digestão do fast food também é mais lenta por ser uma comida muito calórica, o que faz com que o nosso corpo tenha tendência a fazer a digestão completa dos nutrientes entre 1 a 3 dias. Normalmente, as gorduras e os conservantes demoram em torno de 3 dias a ser completamente digeridos pelo organismo.

     Dito isto, é importante saber o que comemos porque nem todos os hambúrgueres, nem todas as pizzas, nem todos os cachorros quentes e etc são fast food. Por exemplo, se eu fizer um hambúrguer em casa, o meu hambúrguer não é considerado fast food pois é caseiro e eu não coloquei ingredientes que possam pôr em risco a minha saúde. Se eu fizer uma pizza em casa, não é considerada fast food, mas se eu for a um restaurante e pedir uma pizza, aí já poderá ser considerada fast food.

     Agora, para concluir, devemos comer quantidades saudáveis de comida, e, de vez em quando, se der vontade, comer fast food. Não tornar as idas ao McDonald ‘s, Pizza Hut, etc muito frequentes, uma vez que tudo o que fazemos tem consequências e as consequências do abuso desse tipo de comidas não são muito agradáveis. Espero também que este artigo seja informativo e, que, de algum modo, influencie a vida das pessoas positivamente.

-Sofia Amaralo, 10ºI

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