José Saramago: Uma Viagem a Lisboa

No dia 19 de novembro de 2024, um grupo de professores e alunos teixeirenses, representantes de diversas turmas dos 11º e 12º anos, deslocaram-se a Lisboa a fim de testemunhar, no Centro Cultural de Belém, a 13ª edição do Prémio Literário José Saramago.

Após uma longa viagem desde Portimão até à capital portuguesa, pudemos almoçar e observar diversos pontos importantes da cidade lisboeta. Pouco tempo depois, deu-se, às 3 horas da tarde, no Centro Cultural de Belém, a cerimónia propriamente dita do Prémio Literário José Saramago. Os alunos ali presentes foram agraciados com diversas cópias de oferta de um pequeno livro aquando da chegada ao auditório onde iria ocorrer a cerimónia, o qual foi escrito por um pequeno grupo de autores já vencedores do prémio em questão em edições anteriores. Após uma pequena entrevista e sessão de perguntas-e-respostas propostas pelo público a um conjunto de ex-vencedores do prémio José Saramago, explicou-se, de modo sucinto, do que se tratava este concurso e no que é que o mesmo consistia através de um pequeno vídeo de apresentação. De seguida, e após umas palavras da fundadora desta iniciativa, Pilar del Rio, e outros ex-vencedores deste concurso, deu-se uma pequena participação realizada por um dueto de artistas os quais, de modo criativo e emblemático, cantaram um segmento textual de uma das obras de José Saramago. 

Seguidamente, diversos organizadores e escritores presentes neste mesmo evento agradeceram aos jovens estudantes de diversas partes do país pelo seu interesse nesta iniciativa literária e apelaram, de modo levemente cómico, mas certamente impactante e direto, à leitura, a fim de haver construção de criatividade e conhecimento sobre o mundo. 

Por fim, deu-se a entrega do prémio desta edição, e o vencedor, cuja obra galardoada foi caracterizada como possuidora de “uma qualidade quase musical” e “um estilo muito próprio” (segundo Adriana Lisboa, uma das primeiras vencedoras deste concurso), foi Francisco Mota Saraiva, um jovem escritor e jurista que, em 2023, já tinha vencido o Prémio Literário Revelação Augustina Beça-Luís. A obra que lhe permitiu vencer o prémio José Saramago desta recente edição foi o livro “Morramos ao menos no porto”, onde diversos aspetos da dor e da fragilidade humana são explorados, assim como a dificuldade em lidar com os mesmos. Este romance, o qual permitiu que o seu autor ficasse eternizado na história como um dos seletos vencedores do prémio literário José Saramago, ficará disponível nas livrarias em 2025. Momentos antes do término da cerimónia, o vencedor Francisco Saraiva apelou também à leitura, informando que, ainda que os livros não nos salvem dos momentos mais difíceis, “ajudam a salvar”, ao possuirem “a generosidade e a nobreza de um grito que vem ao nosso socorro”.

Desta forma, após a cerimónia, o nosso grupo de teixeirenses retornou a Portimão, carregando consigo não só o conhecimento e as experiências artísticas de diversos escritores mas também um desejo infindável de ler e conhecer este mundo que nos rodeia. Certamente que nós, alunos e professores da Teixeira, adorámos ter esta oportunidade nas nossas mãos e estaríamos mais do que gratos se algo semelhante pudesse acontecer outra vez!

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