Como É Deixar a Teixeira

Para todos aqueles que não me conhecem eu sou a Carolina e deixei a Teixeira em 2019, depois de três gratificantes anos. Esses três anos do Secundário são anos muito especiais, são os anos das nossas vidas em que começamos a refletir sobre o mundo que nos rodeia, sobre nós próprios e os outros, são anos que nos ensinam tanto, e por isso olho para trás com muito carinho e gratidão para tudo aquilo que aprendi. Durante a minha passagem pela Teixeira em Línguas e Humanidades eu tive a oportunidade de participar um bocadinho na vida da escola: escrevi para o Jornal da Teixeira durante dois anos (um para o antigo LOL [I am this old] e outro para o Jornal TX), participei no Parlamento dos Jovens e no Orçamento Participativo tanto quanto pude, ganhei Par Revelação nas últimas Misses presenciais que a Teixeira assistiu, e por aí vai… Foram 3 bons e longos anos e tenho pena que a pandemia não permita que vivam o que a minha geração viveu.

Quando a minha experiência na Teixeira terminou foi tempo para finalmente dizer adeus. Se por um lado me sentia tão bem ali, por outro também queria viver novas aventuras. Candidatei-me à universidade onde acabei por entrar em Ciência Política e Relações Internacionais na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. O que quer que te digam, nunca estarás suficientemente preparado, mas isso fará parte daquilo que é crescer. E eu não estava preparada, a universidade tem sido tão incrível quanto difícil, aliás a universidade sem vida universitária é apenas difícil. Não poder ir para a esplanada, não poder ir sair à noite, não poder ser praxada nem praxar, não poder celebrar a liberdade da grande cidade, mas estando lá, é penoso. Espero que no vosso tempo de irem para a universidade, se assim o desejarem, não tenham pandemias pelo meio. Mas ainda assim, a faculdade tem me recebido de braços abertos, é a minha nova casa onde encontrei novas pessoas tão incríveis. Aprendi imenso, aquilo que vem nos livros, e aquilo que não vem.

 Só quero que, independentemente daquilo que escolham fazer quando saírem da Teixeira, a aproveitem até lá, o máximo que poderem. Que se lembrem sempre: ninguém sabe bem o que é que anda aqui a fazer e está tudo bem com isso. A vida é curta, mas temos tempo suficiente para respirar fundo e apanhar um pouco de sol no pátio na entrada da Teixeira.

Carolina Silva

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