Uma Visão acerca do Badminton

Olá o meu nome é Gonçalo Gomes estou no 12º ano e frequento o curso de Ciências e Tecnologias. Vim aqui a pedido de um grande amigo meu para explicar como comecei a dar os meus primeiros passos, o meu progresso, e tudo o que me motivou a nunca desistir de praticar o meu desporto, que é Badminton.

Eu comecei no Badminton com sete anos a partir de uma creche que frequentava, que tinha, e tem, um programa para miúdos mais pequenos começarem a praticar atividades físicas. Foi assim que iniciei no badminton. Na altura, não pensava em mais nada para além de me divertir, mas com o tempo fui incitado a competir, e acabei por ir para o lado competitivo do badminton, onde no caso do meu clube, os atletas têm treinos todos os dias, por vezes de manhã e aos fins de semana, isto porque temos a grande vantagem do nosso clube possuir um pavilhão próprio, onde podemos treinar sempre que for necessário, o que acaba por ser uma mais valia nestes tempos de pandemia.

Contudo, este desporto é um dos mais dispendiosos, pois nós atletas, seja de badminton, ténis ou outro qualquer desporto deste género, temos de comprar raquetes, que podem custar até aos duzentos euros, sapatilhas, que passam dos cem euros, a roupa, que é sempre muito cara (depende das marcas obviamente), e os sacos e mochilas, que necessitamos para levar as raquetes, assim como para que não haja nenhum inconveniente de termos os nossos materiais danificados durante as nossas viagens.

Este sempre foi o um dos únicos desportos que me fez ficar agarrado a ver, por exemplo, um torneio, que tem vários jogos durante um dia inteiro, muitos deles chegando a ter uma hora de duração, pode se tornar chato para algumas pessoas ver após alguns minutos, mas eu adoro todo o conceito do badminton, o facto de ser o desporto mais rápido de raquetes do mundo, de combinar várias componentes físicas, e, também, por ser dos desportos mais difíceis de praticar.

Na competição não posso dizer que conquistei muito sozinho, pois os títulos mais importantes para mim foram de equipas, mas também não creio que tenha sido mau, uma vez que foram os melhores títulos: ter sido coroado campeão nacional de desporto escolar de equipas escolares e vice-campeão de equipas mistas sub-17 federados, foi sem dúvida um orgulho e uma grande emoção, especialmente por ter feito parte dessas mesmas equipas.

China Open: Painful exit for Viktor Axelsen as Europe ...
Viktor Axelsen

É claro que como todos os atletas também eu tive e tenho as minhas inspirações, em miúdo eu gostava e apoiava apenas dois jogadores: Lee Chong Wey, da Malasia, e Lin Dan, da China. Eu adorava vê-los por serem, para mim, os melhores, e também porque na altura não percebia tanto deste desporto como percebo hoje, pois podia ter tido noção de mais atletas que naquela altura estavam nos mesmos patamares destes dois atletas. Hoje em dia já é muito difícil para mim dizer de que atleta gosto mais, porque já não vejo jogos só por ver, uso-os como método de aprendizagem, por isso gosto de ver quase todos os jogos de três categorias, essas sendo: par homem; par misto; singular homem. Mas se tivesse de ressaltar dois ou três nomes de atletas, de certo falaria do Kento Momota, atleta japonês que numa época esteve quase imbatível, perdendo apenas 3 jogos em 14 torneios, o que são números brutais, pois cada atleta faz em media 5 a 6 jogos por torneio, e ele só perdeu em 3 torneios. O outro seria um atleta dinamarquês chamado Mads Kolding, que conseguiu rematar o volante a uma velocidade de 426 Km/h num jogo de pares, o que faz com que ainda hoje o badminton seja o desporto de raquetes mais rápido do mundo. Ressaltaria também outro dinamarquês, Viktor Axelsen, por ter ganho em 2017 o título de campeão mundial, depois de ter ganhado ao Lin Dan, que para mim foi dos melhores jogadores de todos os tempos, o que na altura foi um pouco como uma passagem de testemunho para a nova geração do badminton mundial.

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Lin Dan

Para terminar gostava de convidar todos a experimentar este desporto em clubes oficiais e federados tenho a certeza de que vão gostar bastante e também vão perceber que o badminton “verdadeiro” não tem nada a haver com o badminton que é praticado nas escolas, Obrigado.

-Gonçalo Gomes

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