“OUR SPEAKER´S CORNER”

11.º S: CELEBRAR O DIA MUNDIAL DA FILOSOFIA E A LIBERDADE DE EXPRESSÃO COM “OUR SPEAKER´S CORNER”

Um “Speaker´s Corner” na Teixeira? Why not?

Pois é, não temos Hyde Park, mas temos uma turma de Artes, o 11.º S, que acha que os jovens também “riscam”. E querem deixar marcas.

Tudo começou com um desafio colocado numa aula de Filosofia: “´Bora lá fazer uma coisa nova e criativa?”

E assim nasceu esta “Tarefa Filosófica de Turma” (TFT), concebida como uma música de jazz: há um tema comum, depois cada instrumentista recria-o à sua maneira e, finalmente, retoma-se o tema, que ganha uma nova dimensão, enriquecido com os contributos individuais.

A tarefa já foi batizada (“Our Speaker´s Corner”) e é inaugurada hoje, Dia Mundial da Filosofia.

Trata-se de criar um espaço nos jardins da escola que seja um símbolo do livre pensamento e um estímulo à liberdade de expressão, ao exercício da cidadania e à promoção da inclusão.

Inspirado no mítico Speaker´s Corner no Hyde Park, em Londres (onde desde 1872 os londrinos podem exprimir livremente as suas opiniões e fazer as suas críticas, desde que não toquem em solo britânico), o Speaker´s Corner da Teixeira estará vocacionado para debates informais e espontâneos, aulas ao ar livre ou quaisquer outras atividades (educativas, artísticas ou lúdicas) que os membros da comunidade escolar decidam fazer. Além disso, o espaço de jardim onde está colocado passa a ser “O canteiro das Artes” e será intervencionado com as plantas, flores e esculturas que os alunos, alunes e alunas de Artes decidirem colocar lá.

Esperemos que este seja, apenas, o primeiro de vários equipamentos de exterior idealizados e construídos pelos alunos, alunas e alunes da ESMTG, como contributo para a requalificação dos jardins da escola e incentivo à utilização dos espaços exteriores nas dinâmicas pedagógicas do agrupamento.

É constituído por um estrado em madeira com rampa acessível, um painel em madeira com a identificação do projeto e um conjunto de pequenos bancos para ouvintes com dificuldades de locomoção, quase tudo feito com materiais usados obtidos junto da comunidade educativa, nomeadamente os encarregados de educação. Os pequenos bancos serão pintados de modo a, no seu conjunto, incluírem as diferentes cores do arco-íris, como símbolo da defesa da não discriminação por razões de orientação sexual.

A conceção e produção dos equipamentos é da responsabilidade do 11.º S, que produzirá também um vídeo sobre o making of do projeto, que será posteriormente divulgado nas redes sociais.

Enquanto alunes, achamos que este é um projeto bastante importante e de grande impacto na comunidade escolar. É uma maneira extremamente inovadora de nos “livrarmos” dos métodos tradicionais de avaliação, como os testes e as apresentações orais, e uma excelente forma de promover, não só a liberdade de expressão, como também a partilha de informações, ideias e a realização de vários projetos.

 Para além disso, permite-nos deixar a nossa marca, enquanto turma, na escola, e “aproximar”, de alguma maneira, todos os alunes. Permite também expressarmo-nos criativamente e desenvolver a capacidade de entreajuda e trabalho em equipa.

Este projeto, que representa um marco importantíssimo, faz-nos perceber que podemos fazer coisas incríveis e que estas não são tão complicadas e distantes como parecem.  

– Ana Tomé, 11ºS, e Carlos Café, Professor de Filosofia

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