Assassin’s Creed II é um jogo de ação e aventura feito pela Ubisoft Montréal. É uma sequela do jogo Assassin’s Creed de 2007, que foi lançado para Playstation 3 e Xbox 360 em novembro de 2009 e, para PC, em março de 2010. Também foi relançado, juntamente com Assassin’s Creed: Brotherhood e Assassin’s Creed: Revelations, na Ezio Collection para Playstation 4 e Xbox One, em novembro de 2016.
A história mistura elementos de ficção com factos verídicos e retrata o conflito entre os Assassinos e os Templários. Embora as duas organizações queiram ambas alcançar a paz, os Assassinos querem alcançá-la através do livre-arbítrio e os Templários através do controlo da população. Após os acontecimentos do jogo anterior, Desmond Miles foge da Abstergo Industries, uma empresa farmacêutica composta por Templários que o tinha raptado, com a ajuda de Lucy Stillman, uma empregada da Abstergo, que revela ser uma agente infiltrada dos Assassinos. Esta leva-o para o esconderijo dos Assassinos, onde Desmond, através de uma versão melhorada de um dispositivo conhecido como Animus, revive as memórias genéticas de Ezio Auditore da Firenze, o seu antepassado que viveu na época Renascentista, para aprender a ser um Assassino. A narrativa principal retrata a jornada de Ezio como Assassino, em busca de vingança contra os responsáveis pela morte do seu pai e dos seus irmãos.
O jogador controla o Ezio numa perspetiva de terceira pessoa num grande mundo aberto com jogabilidade não-linear, permitindo ao jogador explorar livremente as cidades de Florença, Veneza, Monterigionni, San Gimignano e Forlì. O Animus 2.0 possuí uma base de dados com informações históricas dos locais e pessoas que o jogador encontra.
Ao contrário do primeiro jogo, o jogador pode nadar e a “Visão de Águia” – uma habilidade que permite distinguir os vários tipos de pessoas, como inimigos e aliados- pode ser usada em modo de terceira pessoa e em movimento. Uma versão jovem do Leonardo da Vinci presta assistência ao Ezio através da criação de armas a partir de documentos deixados por Altaïr, o protagonista do jogo original, para os futuros Assassinos analisarem.
O jogador consegue contratar vários grupos de pessoas, como mercenários, cortesãs e ladrões, para lutar, distrair e atrair inimigos, respetivamente. São muitas as maneiras de interagir com os civis, através de distrações como dinheiro atirado para o chão ou cadáveres. Existem vários tipos de inimigos, uns mais ágeis ou mais resistentes que outros, e até alguns que investigam os lugares onde Ezio foi visto pela última vez.
O sistema de combate é mais complexo do que o do primeiro jogo, com a nova habilidade de desarmar e roubar as armas dos inimigos e, no caso da última, é possível fazer um ataque com a arma roubada que mata instantaneamente o inimigo. Para além das armas dadas por Leonardo da Vinci, como duplas lâminas escondidas, lâminas envenenadas e uma mini arma de fogo, o jogador pode comprar armas comuns, como espadas, machados e punhais, em lojas espalhadas pelas cidades.
A residência da família Auditore em Monteriggioni funciona como o quartel-general do Ezio e os arredores da propriedade podem ser renovados, aumentando o rendimento económico.
Existem também mais maneiras de o jogador se esconder ou camuflar. O jogador consegue ir para debaixo de água, saindo, assim, do campo de visão dos seus inimigos. O mesmo consegue camuflar-se em todas as multidões e, não só, numa multidão especifica, como no jogo anterior. Uma mecânica de notoriedade está presente, em que os guardas ficam mais alerta conforme o comportamento do Ezio, do local onde se encontra e da missão atual. O Ezio pode voltar ao estado incógnito removendo cartazes, através de subornos, ou assassinando oficiais corruptos.
Na minha opinião, este jogo é um dos melhores da série e um dos meus favoritos. Tem mecânicas de parkour bem refinadas, um mundo muito bem construído e uma narrativa bastante consolidada. No entanto, o jogo tem mecânicas que deixam a desejar, como o combate, o facto de não haver transporte rápido entre as gigantes cidades e a dificuldade pouco balanceada, problemas que acabariam por ser resolvidos na sua sequela direta, Assassin’s Creed: Brotherhood. É um jogo excelente para iniciantes e, por isso, recomendo-o a quem esteja interessado em jogar um dos jogos da série, mas não sabe qual deles escolher.
Ricardo Costa