Há diretores maus, há diretores bons, e há Quentin Tarantino.
Este realizador, roteirista, produtor, ator, génio, cineasta e algumas outras coisas, revolucionou o cinema, trazendo um novo género de filmes para a nossa realidade.
Contamos com 10 filmes na sua filmografia, os quais possuem diálogos e trilha sonora icónicos, e fazem parte de diversos géneros tais como ação, guerra, western etc… mas ao mesmo tempo, estes 10 filmes fazem todos parte do mesmo género: um filme Tarantino.
Mas agora… o que define um filme “Tarantino”?
A violência exagerada, os diálogos longos e profanos e a narrativa descontinua são algumas das características destes filmes, tal como a constante referência à cultura popular, que acaba por deixar transparecer a personalidade deste realizador, personalidade que, contém uma profunda e intensa paixão pelo cinema.
A junção de todas estas caracteristicas, deu origem a filmes completamente diferentes e irreplicaveis.
“Cães Danados” e “Pulp Fiction”, dois dos seus primeiros filmes, entram no género de ação, ambos sendo filmes gângster. “Django Libertado” e “Os Oito Odiados” são westerns que narram histórias de caçadores de recompensas, e “Sacanas Sem Lei” é um filme histórico.
Destes filmes mencionados, encontram-se generos completamente diferentes uns dos outros, mas mesmo assim, todos eles conseguem se destacar aos olhos do publico como um filme do Tarantino. Por exemplo, quando assistimos “Sacanas Sem Lei”, que é um filme que toma lugar na Alemãnha durante segunda guerra mundial, considerado um filme de guerra, o espectador irá associar o filme mais facilmente com “Pulp Fiction” ou “Kill Bill” do que com, por exemplo, “A Lista de Schindler” de Steven Spilberg, ou com “O Pianista” de Roman Polanski.
Independentemente dos contrastes entre os generos dos filmes de Quentin Tarantino, todos estes irão acabar por se enquandar no mesmo genero: o filme Tarantino.
“Era Uma Vez Em Hollywood” é o mais recente filme de Quentin. Neste, acompanhamos o ator Rick Dalton (Leonardo DiCaprio), que vê a sua carreira em declínio. De certa forma, este acaba por ser o seu filme que menos consigo categorizar. Simplesmente não se encaixa direitamente em nenhum género, se não o género Tarantino. “Era Uma Vez Em Hollywood” é o pico da sua carreira, é um filme em que a genericidade é posta de parte, é puro amor pela sétima arte, é transbordar talento e conhecimento, é onde a sua individualidade se sobressai, e com isto, é nos dada uma experiência única, chegando assim, à minha definição de um “filme Tarantino”.
Após esta vaga analise à filmografia e estilo cinematográfico de Quentin Tarantino, concluo que ninguém faz filmes como o Tarantino, e ninguém consegue falar de um filme do Tarantino da mesma maneira como o proprio fala. É um homem que sente o que faz, e que é movido a base de admiração.
Mas prontos… os filmes dele até são giros.
-Cátia Gorbatii