Portugal em chamas: Um desafio crescente

Neste momento, Portugal enfrenta novamente uma grave crise de incêndios florestais, resultando na morte de pelo menos 7 pessoas, incluindo corajosos bombeiros que estavam a combater os incêndios.  

Mais de 100.000 mil hectares de floresta devastados em diversas regiões, especialmente nas regiões norte e centro do país, trazendo consequências devastadoras para as populações locais, o meio ambiente e a economia. 

2024 tem sido marcado por temperaturas extremamente altas, uma seca prolongada, ventos fortes, invernos mais secos, verões mais quentes e com o território português sendo atingido por várias ondas de calor, essas condições dificultam o controle eficaz dos incêndios e se torna um ambiente propício à propagação rápida do fogo. Alguns incêndios ocorrem por causas naturais, porém a maioria é por origem humana, seja por ações intencionais de fogo posto ou por negligência. 

  A destruição afeta a biodiversidade local, ameaçando diversas espécies de fauna e flora, assim também por conta do fogo, o solo torna-se mais fragilizado pela seca, e torna-se mais propenso à erosão, aumentando o risco de deslizamentos de terra e inundações nos meses seguintes em zonas afetadas pelo fogo. 

 Até o momento, várias regiões do país declararam estado de emergência, e o deslocamento para a evacuação para áreas seguras está a sobrecarregar as infraestruturas locais e os serviços de emergência. A proximidade dos incêndios a zonas urbanas causa uma grande preocupação para a população portuguesa, como ocorreu em incêndios passados onde o fogo se espalhou por áreas turísticas e residenciais, sendo assim um maior número de vítimas e perdas económicas. 

O governo Português tem utilizado todos os recursos disponíveis para combater os incêndios, com a colaboração de bombeiros nacionais, internacionais e voluntários, através do mecanismo da proteção civil da União Europeia. Espanha, Itália, França e Grécia cederam ao todo 8 aviões de combate para apoiar Portugal, e Marrocos também ofereceu ajuda.  

Para além dos alimentos, pode se voluntariar à corporação de bombeiros voluntários para os maiores de 18 anos, mas deve sempre perguntar diretamente como ajudar da melhor forma. Saber como se proteger ajuda e facilita o trabalho dos bombeiros, além de guardar bens e eliminar possíveis ‘combustíveis’ para o fogo. 

Podemos também fazer a nossa parte, no geral, podem ser feitas doações nos quarteis, como água, sumo, alimentos que sejam rápidos e fáceis de comer e produtos de higiene. 

  Além disso, é de extrema importância que sejam criados mais sistemas de alerta precoce e tecnologias para a monitorização, como os drones e satélites, para identificar os focos de incêndios em estágios iniciais, porém não pode ser considerada uma medida a longo prazo, deve ser adquirido novos métodos de prevenção. 

 Por fim, os incêndios que se estão a espalhar pelos solos portugueses, são mais um lembrete de que o país continua vulnerável a essa ameaça devastadora. Apesar dos avanços tecnológicos e novas medidas de prevenção, as mudanças climáticas e a falta de gestão florestal adequada se torna um problema cada vez mais complexo, exigindo assim uma atenção e esforço maior do governo e da comunidade. Se não forem adquiridas medidas mais contínuas e decisivas, Portugal futuramente poderá enfrentar crises de incêndios cada vez mais frequentes e devastadoras. 

Será que estamos preparados para enfrentar os desafios das alterações climáticas ou estaremos condenados a ver as florestas destruídas e pessoas feridas, ano após ano? 

-Clara Silva 

Fontes

Dw- Incêndios florestais deixam ao menos 7 mortos em Portugal – DW – 17/09/2024 

Euronews-Portugal | euronews – notícias internacionais sobre Portugal 

Notícia ao minuto-UE mobiliza oito aviões de combate a incêndios para apoiar Portugal (noticiasaominuto.com) 

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