As Nações Unidas reconhecem o valor dos jovens na construção de sociedades sustentáveis, inclusivas e mais justas para todos. Posto isto, o que é que nós, enquanto jovens, podemos fazer para garantir e intensificar o mesmo?
Um dos nossos direitos é o direito a uma educação inclusiva e de qualidade, claro que podemos fazer aquilo que está à nossa frente, acordar de manhã, ir à escola, fazer os trabalhos de casa, dormir, repetir…, mas a verdade é que, com o sistema educativo que nos é apresentado num país desenvolvido do séc. XXI, temos mais recursos e oportunidades para no futuro nos tornarmos em cidadãos mais participativos e impactantes.
Tomemos, como exemplo, o ensino secundário. Somos representados na Associação de Estudantes e num dos maiores órgãos de decisão da escola, o Conselho Geral. Contamos com o Orçamento Participativo para propor uma alteração na estrutura escolar, financiada pelo estado com um euro por aluno. Temos projetos a nível nacional como o Parlamento dos Jovens, da Assembleia da República, e o Conselho Nacional de Crianças e Jovens, dos oito aos dezassete anos, onde podemos ser representantes da nossa região. Tendo experiência em cada um destes programas, sei que foram necessários para a minha aprendizagem pessoal e escolar e, aconselho à participação dos mesmos, não deixando de fora o que podemos evoluir de forma autónoma e com os nossos próprios delineamentos e metas.
Como Presidente da Associação de Estudantes atual da ESMTG, o nosso objetivo é mostrar que este tipo de representações e projetos são importantes para todos enquanto jovens. Podemos não ser a pessoa mais comunicativa e firme, contudo, se queremos efetivamente contribuir para este bem maior que é a construção da sociedade e desenvolver as nossas capacidades, temos que sair da nossa zona de conforto, “agarrar” nas ferramentas que nos são dadas e superar as expectativas. Alguém tem que dar o primeiro passo, e esse, é o dever dos jovens.
-Simona Blosenco